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segunda-feira, 18 de julho de 2011

BOTOX NA ODONTOLOGIA


A TOXINA BOTULÍNICA – mais conhecida pelo seu nome comercial, o BOTOX – é famosa por seu uso estético na redução das rugas e na minimização das marcas de expressão.

Porém, essa toxina pode ter um importante uso terapêutico no tratamento de doenças caracterizadas pelo excesso de contração muscular.

Na Odontologia, a aplicação dessa substância surge como alternativa eficaz no controle de disfunções mandibulares e na correção estética da exposição gengival acentuada.

A toxina botulínica (BTX) é produzida por uma bactéria, a clostridium botulinum, e possui sete formas distintas, que vão do tipo A até o G, sendo o tipo A aquela mais comumente usada por suas propriedades terapêuticas.

Essa toxina é utilizada há cerca de 20 anos no tratamento de doenças ocasionadas pela excessiva contração muscular. Quando injetada no músculo, ela age na sinapse bloqueando a liberação de acetilcolina, substância responsável pela contração, provocando o relaxamento muscular e diminuindo, assim, a dor.

Os efeitos desse tratamento são sintomáticos, ou seja, há apenas um alívio temporário dos sintomas. Atualmente no Brasil, estima-se que mais de um milhão de procedimentos como este seja feito a cada ano.

A toxina botulínica apresenta um potencial de emprego na área de atuação do cirurgião-dentista em casos de bruxismo, hipertrofia do masseter, disfunções têmporo-mandibulares, sialorreia, assimetria de sorriso, exposição gengival acentuada. Recentemente essa toxina tem tido utilização profilática para a redução da força muscular dos músculos masseter e temporal em alguns casos de implantodontia de carga imediata.

Atualmente, a toxina é mais frequentemente utilizada na Odontologia para casos de doenças ou disfunções nos músculos mastigatórios que, além de acarretarem dores musculares diversas e a limitação na abertura da boca, podem atrapalhar as funções mastigatórias. Em casos de correção do sorriso com grande aparecimento gengival, a substância também é alternativa viável àqueles que não desejam submeter-se à cirurgia ortognática.

Fonte: Conselho Federal de Odontologia

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